RESENHA | Orgulho e Preconceito | Jane Austen
By Tesouros Peculiares - novembro 18, 2016
Olá gente!!!
Tudo bem com vocês?
Espero que sim.
A resenha de
hoje é bem diferente, poderia dizer que é dois em um. Por quê?
Porque vou
falar sobre um livro que se tornou um filme. muito emocionante por sinal.
A nossa
conversa vai ser sobre o livro
Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice) da escritora
britânica Jane Austen. Ele é datado do séc XIX. Apesar de ter sido
escrito a mais de 200 anos, o tema que ela discute é atualíssimo. Muitas vezes
falamos que o tempo é capaz de moldar as pessoas, no entanto tratando-se
de orgulho e preconceito, estes sempre farão parte da sociedade. Independente
do seu grau de "avanço".

A personagem em
destaque neste romance é a jovem Elizabeth Bennet, moradora de
Netherfieldma. A rotina desta pequena e pacata cidade começa a mudar
quando o cavaleiro Mr. Bingley, um jovem rico e simpático, resolve alugar
uma casa nas imediações para passar uns dias com suas irmãs, o cunhado e Mr.
Darcy, seu melhor amigo. Para dar boas vindas aos novos moradores ilustres é
promovida uma festa, e a partir daí a história começa a se desenvolver.
Enquanto
Bingley se diverte na festa dançando com as senhoras e sendo simpático com
todos, Mr. Darcy um jovem rico e bonito fica à parte, observando a festa com
total desprezo aos convidados. Tendo estes como pessoas ignorantes e
destituídas de bom gosto e educação.
Na mesma festa
encontra-se Elizabeth, juntamente com sua melhor amiga Lady Lucas. A conversa
delas gira em torno do Mr. Darcy, que havia rejeitado uma dança com Elizabeth
por não acha-la como alguém a sua altura.
Para início de
um romance o clima já é bem tenso vocês não acham? A trama se desenvolve neste
nível. É possível notar também alguns costumes que eram característicos
da sociedade britânica. Como os bailes, a valorização das posses, o desejo por
um casamento afortunado. Coisas deste tipo.
Eu vejo esta
história em dois momentos. O primeiro, marcado pelo embate entre Darcy e
Elizabeth. E o segundo, quando em fim eles começam a perceber que não são
diferentes quanto pensavam. Eu notei que logo no início do livro fui tentada a
fazer mau juízo de Darcy, mas depois percebei que Elizabeth também não é flor
que se cheire.
A trama se
desenvolve de uma forma que deixa @ leitor/a chei@ de expectativa. Ao meu
ver, Jane não decepciona. A escrita dela é sem rodeios, mas não deixa de
ser arrebatadora.
Espero que
vocês corram para conferir, por que além do livro tem o filme. Existe
algumas diferenças por causa da adequação da história aos moldes da telona, mas
é tão incrível quando o livro.
Que contraste
entre ele e seu amigo! Mr. Darcy dançou apenas uma
vez com Mrs.
Hurst e outra com Miss Bingley. Recusou-se a ser apresentado a
qualquer outra
moça e passou o resto da noite andando pelo salão, conversando
ocasionalmente
com uma ou outra pessoa do seu próprio grupo. Seu caráter
estava fixado.
Era o homem mais orgulhoso, mais desagradável do mundo. E
todos pediram a
Deus que ele nunca mais voltasse. Entre as pessoas que estavam
contra ele, a
mais violenta era Mrs. Bennet, a cuja antipatia pela sua conduta se
somava o
despeito de ver uma das suas filhas desprezada por ele.
Devido à falta
de pares, Elizabeth Bennet fora obrigada a ficar sentada durante
duas danças; e
parte desse tempo ela o passou suficientemente próxima a Mr.
Darcy para
ouvir uma palestra entre ele e Mr. Bingley. Este último, que acabara
de dançar,
vinha animar o amigo a imitá-lo.
— Venha, Darcy
— disse ele —, você precisa dançar. Incomoda-me vê-lo aí
sozinho, de um
modo tão estúpido. Seria muito melhor que você dançasse.
— Por coisa
alguma deste mundo; bem sabe como eu detesto dançar, a não ser
conhecendo
intimamente o meu par. Numa festa como esta seria insuportável.
Suas irmãs
estão ocupadas e não existe outra mulher na sala com quem eu
dançaria sem
sacrifício.
— Jamais eu
seria tão exigente — exclamou Bingley —; palavra de honra, eu
nunca encontrei
tantas moças interessantes na minha vida... E você está vendo
que algumas são
excepcionalmente belas!
— Você está
dançando com a única moça realmente bonita que existe nesta sala
— disse Mr.
Darcy , olhando para a mais velha das irmãs Bennet.
— Oh, é a mais
bela moça que já vi na minha vida, mas bem atrás de você está
uma das suas
irmãs, que é muito bonita e agradável. Deixe-me pedir ao meu par
que o apresente
a ela?
— Qual? —
perguntou ele, voltando-se e detendo um momento a vista em
Elizabeth até
que, encontrando os seus olhos, desviou os seus e disse, friamente:
— É tolerável,
mas não tem beleza suficiente para tentar-me. Não estou disposto
agora a dar
atenção a moças que são desprezadas pelos outros homens. É melhor
você voltar ao
seu par e se deliciar com os seus sorrisos, pois está perdendo
tempo comigo.
Mr. Bingley
seguiu o conselho. Mr. Darcy se afastou e os sentimentos de
Elizabeth para
com ele não permaneceram muito cordiais. No entanto, ela
contou a
história com muita graça às suas amigas, pois era de espírito alegre e
brincalhão e se
deleitava com tudo o que era ridículo.
De um modo
geral a noite decorreu agradavelmente para toda a família. Mrs.
Bennet vira a
sua filha mais velha ser muito admirada pelo grupo de Netherfield.
Mr. Bingley
tinha dançado duas vezes com ela. E as irmãs dele a tinham tratado
com muita
amabilidade. Jane ficou tão contente quanto a sua mãe, embora
manifestasse os
seus sentimentos de maneira mais discreta. Elizabeth se alegrou
com o prazer de
Jane. Mary ouvira o seu nome mencionado por Miss Bingley
como sendo o da
moça mais dotada da reunião. Katherine e Lydia tinham tido a
sorte de nunca
ficarem sem par, a única coisa que elas consideravam importante
num baile.
Orgulho e Preconceito ( p. 8-9)

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Obrigada por me acompanhar.
Até breve!